quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sucuri











                                                                         SUCURIS




As sucuris são talvez as serpentes mais cercadas de lendas e mitos das Américas. Seu porte majestoso, sua força e tamanho, além dos hábitos misteriosos e importância na religiosidade dos índios sul-americanos a faz alvo de muitas crendices e também de muitos enganos.

A sucuri-amarela, Eunectes notaeus, é uma das boídeas de coloração mais viva, e assim como as demais serpentes do gênero Eunectes, possui hábitos semi-aquáticos. Muitas vezes é vista descansando ou tomando sol em pedras das margens ou em galhos sobre a água, e se assustadas lançam-se imediatamente ao rio, onde são mais ágeis e rápidas que na terra. E podem ficar submersas por até dez minutos. 



Na natureza, sua vida é muito dura. Sua alimentação consiste em peixes grandes, aves, mamíferos como capivaras e porcos do mato, e também de jacarés, que por sua vez podem predar as sucuris jovens. Mesmo as maiores representantes do gênero, as sucuris-verdes (Eunectes murinus) não são capazes de engolir animais maiores que um bezerro jovem, quanto mais um
homem, e na presença deste preferem fugir a deixar que ele chegue perto. Porém, se são acuadas, podem atacar e causar ferimentos graves tanto com sua mordida, que embora não tenha veneno é muito forte, quanto com a constrição, que pode asfixiar uma pessoa.

A sucuri amarela é protegida por lei da caça e da venda ilegal, mas seu maior inimigo é o desmatamento, que destrói as florestas em que vive e provoca alterações no regime hídrico dos rios, matando muitas delas pela seca e falta de abrigo. A exploração consciente dos recursos da floresta, com a exigência de certificação da madeira e extração legalizada dos produtos florestais, é uma das formas de proteção de seu habitat único e de todas as demais espécies que nele vivem

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