Um emaranhado de aranhas, de chamar a atenção. Assim é a rotina da Parawixia bistriata que, ainda imaturas, se juntam desta forma para aumentar a própria probabilidade de sobrevivência. Mas uma aliança assim, pode-se dizer, é incomum entre as aranhas. Normalmente a tolerância à proximidade dos irmãos termina mais cedo na maioria das espécies.
A razão para estarem juntas também diz respeito à própria manutenção do complexo de teias coletivo que se forma em torno delas e onde permanecem durante o dia. Ele é denso, cheio de fios fortes, quase impenetráveis (sobretudo para as aves). Mas claro que há quem fure a barreira e as ameace: outras aranhas, formigas e vespas caçadoras e parasitóides.
Além disso, a permanência delas em grupo favorece a construção de estruturas de sustentação para as teias individuais. Até porque, quando adultas, essas aranhas costumam viver mais solitariamente. Geralmente deixam a segurança das teias à noite, quando saem para se alimentar, essencialmente de insetos.
Recentemente pesquisadores descobriram algo importantíssimo: uma substância em seu veneno que tem propriedades neuroprotetoras. Chama-se Parawixina 1 (em homenagem ao seu próprio nome). Como protege os neurônios, isso abrirá espaço para estudos de tratamentos de males como os de Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica, hoje sem cura.
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