sábado, 29 de junho de 2013

SAPOS


SAPOS VENENOSOS





A família dos sapos venenosos (Dendrobatídeos) é uma atração na Amazônia. Suas cores vibrantes anunciam que, apesar de pequenos, são perigosos. Algumas tribos utilizam o veneno desses anfíbios na ponta de suas flechas para caçar

COBRAS


JARARACA CINZA 





Pouco se sabe sobre a história natural da jararaca-cinza (Bothriopsis taeniata). Acreditava-se que essa cobra tinha hábitos arborícolas (de viver nas árvores), mas os casos de acidentes reportados, todos com picadas em membros inferiores, sugerem que a serpente passe grande parte de sua vida no chão da floresta amazônica


ONÇA PINTADA


ONÇA PINTADA 





A Amazônia é a maior área contínua de floresta tropical da Terra e serve como um dos últimos refúgios da vida selvagem. As estimativas do número total de espécies variam entre 800 mil e 30 milhões. Nenhum outro lugar do mundo chega a esse patamar. Essa grande biodiversidade está sujeita a variações climáticas e deve se adaptar a dois períodos bem definidos para sobreviver.

sábado, 30 de março de 2013

A aranha Parawixia bistriata


Substância de veneno de aranha pode salvar neurônios, diz pesquisa

Batizada de parawixina1, molécula retira excesso de mensageiro químico das células.
Processo impede morte neuronal e tem potencial para ajudar pessoas com Alzheimer.

Ao investigar o veneno de uma aranha do cerrado, pesquisadores da USP de Ribeirão Preto encontraram uma molécula capaz de agir como salva-vidas dos neurônios. A substância, afirmam eles, poderia ser útil para enfrentar problemas hoje sem solução, como o mal de Alzheimer, a esclerose lateral amiotrófica e outras doenças do sistema nervoso.

Foto: Divulgação

                           A aranha Parawixia bistriata, fonte da parawixina1 (Foto: Divulgação)


A pequena molécula foi batizada de parawixina1, em homenagem à espécie de aranha da qual é derivada, a Parawixia bistriata. "Não se sabia nada a respeito da peçonha desse animal. O que se tinha eram alguns trabalhos incompletos sobre a sua biologia", conta Wagner Ferreira dos Santos, professor da USP de Ribeirão Preto. Santos e seu colega Joaquim Coutinho-Netto orientaram conjuntamente o trabalho de doutorado de Andréia Fontana, que comprovou as propriedades neuroprotetoras da substância em experimentos com ratos.

A chave para entender a ação potencialmente salvadora da molécula é um dos principais neurotransmissores (mensageiros químicos do sistema nervoso), o glutamato. Viajando de neurônio para neurônio, o glutamato é essencial para todo tipo de ação. Mas, como em tudo na vida, o exagero nunca é bom. Por isso, em condições normais, a atividade do glutamato é contrabalançada por outro neurotransmissor, o ácido gama-aminobutírico, ou Gaba.  

 Perigos do excesso
Se, por algum motivo, passa a ver uma sobra de glutamato, o risco para a própria sobrevivência dos neurônios é considerável, diz Santos. "O excesso de glutamato permite a entrada, por exemplo, de íons de cálcio [átomos eletricamente carregados de cálcio] nos neurônios. Juntamente com outros fatores, isso leva à morte dessas células. Isso acontece no mal de Alzheimer, na ELA [esclerose lateral amiotrófica] e em outras doenças agudas e crônicas do sistema nervoso", afirma o pesquisador da USP.

Foi com base nesse dado que os pesquisadores começaram a ligar os pontos do trajeto que os levou à parawixina1. "A aranha paralisa insetos para se alimentar. E essa paralisia é decorrente de um bloqueio da ação do glutamato", afirma Santos. E se fosse possível usar justamente essa propriedade do veneno do bicho para reverter os efeitos deletérios do glutamato sobrando? Uma vantagem, pelo menos, havia no caso da Parawixia bistriata, conta o pesquisador: o bicho forma grandes ninhos de tempos em tempos, o que permite a coleta de muitas aranhas -- e portanto, muita matéria-prima de uma vez só.


Foto: Divulgação

                              Formação de ninhos da espécie favore sua coleta (Foto: Divulgação)

 Pelo que a equipe viu até agora, a idéia foi um acerto na mosca. Eles observaram que a parawixina1 é capaz de arrancar o glutamato excessivo do interior dos neurônios. No experimento com ratos, a substância impediu a morte das células nervosas da retina dos bichos. Nenhum dos medicamentos disponíveis hoje é capaz de façanha parecida.

Agora, os pesquisadores querem finalizar a análise da estrutura molecular da substância, um passo importante para entender exatamente como ela age. Segundo Santos, o próximo passo seria sintetizar a molécula em laboratório, para viabilizar novos testes e, em última instância, produzi-la em larga escala. Para isso, no entanto, ele diz que a equipe dependerá de uma parceria com a iniciativa privada. Essa é a grande dificuldade, na opinião do pesquisador. "Todos querem o remédio já pronto para vender", afirma ele.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Vida Selvagens


A equipe do maior projeto global de armadilhas fotográficas para estudar a vida selvagem revelou recentemente haver superado o número de um milhão de fotos de animais em áreas tropicais. O projeto, chamado de Team Network (Rede de Monitoramento e Avaliação da Ecologia Tropical, na tradução do inglês), reúne imagens de mamíferos e aves em 16 áreas de proteção ambiental espalhadas por 14 países da Ásia, África, América Central e América do Sul, inclusive o Brasil.
Macaco fotografado pelo projeto Team Network; mais de um milhão de imagens foram realizadas (Foto: Divulgação/Team Network)


Entre as áreas estudadas estão a Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará; a Reserva Florestal Adolfo Ducke, próximo a Manaus, no Amazonas; a Reserva Natural Central do Suriname, também na América do Sul; e outras regiões. Segundo o site do Team Network, foram obtidas, até agora, 1,16 milhão de imagens - número que deve subir nos próximos meses.




Exemplar de onça-pintada que vive em fazenda de Goiás; foco de ONG é tratar e readaptar animais desta espécie antes deles retornarem à natureza (Foto: Evaristo Sa/AFP)